A TV Paraná Educativa tirou do ar sua programação normal ontem, terça-feira (22), por determinação do governador Roberto Requião. O ato foi um protesto contra a decisão judicial do juiz federal Edgard Lippman Jr. que proibiu o governador Roberto Requião de utilizar a TV para se autopromover ou atacar adversários e ainda obrigou a emissora a transmitir a cada 15 minutos nota da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em desagravo a si próprio.
Foto: Theo Marques - SECS
“Na reunião de hoje falariam o (secretário da Justiça) desembargador Jair Ramos Braga, (o secretário de Obras Públicas) Júlio Araújo, mostrando o programa de obras do Estado para 2008, e o presidente da Cohapar, Rafael Greca, sobre os investimentos em moradia este ano. Mas com censura, não. Está desmobilizada este reunião, e sai do ar a TV Paraná Educativa”, disse Requião, no início do encontro realizado no auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
Foto: Theo Marques - SECS
Após o fim de reunião, por volta das 9 horas, a Paraná Educativa exibiu por alguns minutos o auditório vazio. Pouco depois, saiu do ar. Durante todo o dia, a emissora transmitiu a cada 15 minutos nota da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) em desagravo ao desembargador Edgar Lippmann Júnior.
“A programação da Paraná Educativa está inviabilizada hoje por uma ordem judicial que determina que, a cada 15 minutos, seja colocada no ar uma manifestação da Associação dos Juízes Federais do Brasil. A emissora irá cumprir essa determinação e, além disso, levará ao ar a resposta do governador a esta manifestação e a proclamação do presidente da Associação Brasileira de Imprensa sobre a censura prévia”, explicou Requião.
Sobre a suspensão da emissora, o governo paranaense declarou que tudo foi uma questão de "bom senso", pois a veiculação da nota de desagravo da Ajufe (que seria veiculada de 15 em 15 minutos, durante 24 horas) invibializaria a normalidade da programação.
Fonte: Agência Estadual de Notícias