Os senadores Arthur Virgílio Neto (PSDB) e João Pedro Gonçalves (PT) informaram que vão procurar o ministro da Justiça, Tarso Genro, para que ele autorize a Polícia Federal (PF) a auxiliar na apuração do atentado ao jornal Diário do Amazonas, ocorrido no último dia 21 de junho de 2008, em Manaus (AM).
A Organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) divulgou comunicado em português, onde afirma temer "pela segurança do pessoal do Diário do Amazonas, na sequência dos tiros disparados contra a sede da redação. Embora a polícia suspeite de antigos funcionários do jornal, a organização recorda que o Diário acabava de revelar matérias graves envolvendo o município de Coari, a 363 quilómetros a oeste de Manaus.
A ONG pediu em seu comunicado que o pessoal do jornal também receba proteção. "O Diário do Amazonas tem-se distinguido pela sua franca oposição ao governo do Estado do Amazonas, mas esta situação não deve constituir um obstáculo à investigação e o pessoal do jornal deve receber proteção reforçada", declarou a Repórteres sem Fronteiras.
Senado pede proteção da PF
O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, pediu ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que acione a Polícia Federal para assegurar proteção, em Manaus, à família do líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM).
Arthur Virgílio telefonou ao presidente do Senado solicitando a proteção depois que seu filho Arthur Bisneto, deputado estadual no Amazonas, recebeu ameaças anônimas de morte. As ameaças se estendem à família do deputado, que recebeu uma ligação telefônica e duas cartas, uma delas arremessada à varanda de sua casa em uma garrafa plástica.
O senador atribui as ameaças às denúncias que Arthur Bisneto vem fazendo na Assembléia Legislativa. Arthur Virgílio também vem fazendo denúncias em artigos publicados, aos domingos, no Diário do Amazonas.