Vestindo camisetas da campanha, carregando faixas e banners e gritando palavras de ordem em defesa da profissão, centenas de profissionais, professores e estudantes de todo Brasil estiveram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para pedir aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que votem a favor da regulamentação profissional, com a manutenção da exigência da formação superior específica para o exercício da profissão de jornalista. Os participantes, pedindo respeito aos jornalistas, ao Jornalismo e à sociedade brasileira, abraçaram a estátua da deusa Têmis, que representa a Justiça, e cantaram o Hino Nacional.

Uma comissão, formada pelo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade, pelo presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Luiz Spenthof, pela diretora da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), professora Zélia Leal, e pelo estudante de jornalismo de Goiás, Vandré Abreu, foi recebida pelo secretário-geral da presidência do STF, Luciano Fuck.

A comissão entregou ao secretário mais de 20 mil assinaturas em defesa da regulamentação, coletadas nos últimos três meses. O texto assinado por cidadãos de todo Brasil expressa apoio à exigência do diploma. Afirma, entre outras coisas, que longe de ameaçar a liberdade de expressão, a obrigatoriedade da formação, reivindicada desde o início do século passado e já conquistada há 40 anos, oferece à sociedade garantias mínimas de qualidade da informação e compromisso ético profissional. Argumenta igualmente que a sociedade, e não apenas a categoria dos jornalistas, perderá muito se for transferido exclusivamente aos donos dos veículos de comunicação o poder de arbitrar quem pode ou não exercer o Jornalismo no Brasil. Também entregaram um DVD mostrando as atividades da campanha no País realizadas em agosto, a carta aberta elaborada pelo FNPJ e o segundo livro, organizado pela FENAJ, “Formação Superior em Jornalismo - Uma exigência que interessa toda a sociedade”, além de cópias de apoios nacionais e internacionais à campanha.
Para o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade, o ato foi muito positivo: “nós tivemos representação de quase a totalidade dos 31 sindicatos do Brasil, fomos recebidos pelo secretário da presidência do STF que se mostrou conhecedor do processo e nos reafirmou, o que já nos havia sido dito pelo próprio presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, que a Corte reconhece a importância do tema e que julgará a matéria ainda este semestre. Além disso, com a comissão composta por jornalista, professor, pesquisador e estudante conseguimos mostrar que esta é uma luta da sociedade, não apenas coorporativa, como temos dito durante toda essa campanha”.
Fonte e Fotos: Fenaj