A Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) que edita entre outros o jornal Correio Popular – de Campinas, no interior do Estado de São Paulo, sofreu um atentado na noite desta quarta-feira (21/01). Segundo a polícia, três homens tentaram jogar uma granada dentro do prédio da empresa, depois de quebrar uma vidraça com um martelo, mas o artefato caiu na rua e não explodiu.
Ainda segundo os policiais, quem atirou o explosivo provavelmente não sabia manuseá-lo. “Quebrou a alça de segurança e saiu correndo, mas o pino ainda estava travado. Uma granada explode oito segundos depois de destravado o pino”, disse um policial. Segundo avaliações preliminares, a granada é de uso militar, com alto poder de destruição. O dano provocado pela explosão desse artefato poderia atingir pessoas e objetos num raio de 200 metros.
Imagens do circuito do circuito de segurança da empresa teriam mostrado três rapazes de boné caminhando próximo ao prédio. Em seguido eles se separam e um deles vai até a janela, rapidamente quebra o vidro e arremessa a granada. Logo depois, os três correm para um automóvel Gol estacionado nas proximidades e fogem no veículo. Cerca de três horas depois, de acordo com o jornal Correio Popular, uma telefonista da RAC recebeu um telefonema em que uma voz feminina ameaçou: “É apenas o começo.”
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e a Federação Nacional dos Jornalistas repudiaram o atentado contra os profissionais da Rede Anhanguera. "Felizmente, não houve explosão, o que evitou uma verdadeira tragédia", afima Nota emitida pelas entidades dos jornalistas.