Uma onda de demissões imotivadas em diversos veículos de comunicação do país estão gerando protestos e ações das entidades de defesa dos jornalistas brasileiros. Esta onda de demissões será discutida na reunião do Conselho de Representantes da FENAJ, marcada para os próximos dias.
Nos processos de demissão que vêm ocorrendo em vários estados os argumentos patronais são, via de regra, muito parecidos. Da reestruturação administrativa ao “cumprimento de metas orçamentárias”, passando pela admissibilidade de que determinadas demissões ocorrem pelo simples motivo de dispensar profissionais com mais tempo de serviço e com salários maiores por novos profissionais, a priorização do faturamento das empresas em detrimento do aviltamento da profissão de jornalista é a regra.
Para José Carlos Torves, diretor da FENAJ, esta onda de demissões insere-se no contexto maior de precarização das relações de trabalho que vem sendo praticado pelas empresas de comunicação. “E não há motivo conjuntural para isso, pois vários órgãos especializados vêm apontando que as empresas de comunicação continuam mantendo em 2011 os altíssimos níveis de faturamento e lucro do ano passado”, sustenta.
Segundo Torves, esta onda de demissões será apreciada pelo Conselho de Representantes da FENAJ no dia 26 de março, em Brasília. Além da luta pela ratificação imediata da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) contra as demissões imotivadas por parte do Congresso Nacional, a FENAJ pretende ampliar sua campanha contra a precarização das relações de trabalho.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas do MT