O Grupo Estado realizou desde o início da semana dezenas de demissões de profissionais, sobretudo do Portal TV, mas também dos jornais Estadão e Jornal da Tarde. "Por isso, no dia 27 de julho, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo enviou ofício ao Departamento de Recursos Humanos do grupo pedindo explicações, que até hoje não foram respondidas", afirmou a entidade de defesa dos jornalistas.
Não se sabe ao certo o tamanho do corte, mas é possível que ele chegue a duas dezenas. No ofício enviado ao RH do Estadão, a diretoria do Sindicato disse estranhar a possibilidade de demissões dos profissionais, uma vez que, recentemente, a empresa publicou em uma de suas edições, balanço apresentando a expansão de 9,4% na circulação, melhor desempenho do setor, superando todos os concorrentes diretos.
Mais trabalho para quem fica
No início do ano, a empresa já havia demitido 22 profissionais, apesar de ter resultados financeiros importantes e crescimento na circulação e também no comercial (faturamento com anúncios).
“As demissões no Estadão são injustificadas”, diz o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto). “Inclusive no último dia 25, na posse do novo presidente do Conselho de Administração do Grupo Estado, Plínio Villares Musetti, a fala era sobre o bom momento econômico da empresa.
A única explicação possível, diz Guto, “é a ganância dos acionistas que querem aproveitar o bom momento econômico do país para aumentar seus lucros, às custas dos empregos dos trabalhadores”. O Sindicato continua insistindo junto à empresa para tratar das demissões e procurar soluções para o problema.