Com a ordem de prisão em mãos, policiais fazem buscas na comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, na tentativa de prender o suspeito. A divulgação da foto e as investidas para capturá-lo ocorrem após mais de seis meses da morte do jornalista e às vésperas da data de dez anos do assassinato de Tim Lopes (2 de junho), profissional da Rede Globo identificado por traficantes na Vila Cruzeiro, no Rio, enquanto investigava o tráfico e prostituição infantil na região.
O caso de Gelson Domingos expôs a fragilidade dos equipamentos de segurança disponibilizados aos jornalistas por alguns veículos de comunicação. Enquanto fazia imagens de operação policial na favela de Antares para a TV Bandeirantes, o repórter cinematográfico utilizava colete à prova de balas de baixa proteção – perfurado com facilidade pelo projétil.
A identificação do suspeito era muito aguardada pelos familiares de Gelson. Em fevereiro, o delegado responsável pela Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, afirmou em entrevista ao site do Sindicato dos Jornalistas que o caso era prioridade. Em abril, o Sindicato enviou carta à chefe da Polícia Civil, Marta Rocha, pedindo agilidade no inquérito.
“Se prender (quem atirou em Gelson Domingos) a dor não será amenizada, mas pelo menos se fará justiça”, expõe a viúva do repórter cinematográfico, Edilene Domingos. Desde novembro, ela foi diversas vezes à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, para se inteirar sobre o andamento do caso.
Informações sobre Erisson Lopes de Souza podem ser repassadas à polícia pelo Disque Denúncia: (21) 2253-1177.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro