Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, os jornalistas continuam sendo alvo de marginais que, no intuito de calar a imprensa, agem com truculência e agressividade, ameaçando a integridade física e moral daqueles cuja função é produzir notícias e efetuar cobertura do cotidiano de uma cidade.
A última vítima no Estado de São Paulo foi a diretora do semanal “O Jornal” da cidade de Guaíra, no interior paulista (região de Ribeirão Preto), Monize Taniguti. Ela foi agredida na manhã do sábado (01/09), na Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), quando transportava em seu veículo cinco mil exemplares do jornal de sua propriedade.
Ela foi cercada na rodovia por dois veículos, que a fizeram parar no acostamento. Um dos homens desceu armado e assumiu a direção, a levando para um canavial próximo, onde foi obrigada a se ajoelhar. A jornalista também afirmou que, durante toda a ação, sofreu agressões e ameaças. Eles não roubaram seus pertences pessoais. Apenas abriram o porta-malas e recolheram os jornais, colocando-os em outro veículo. A jornalista ficou com muitos hematomas nos braços e pernas.
O Sindicato de São Paulo emitiu nota oficial sobre o episódio. Veja abaixo:
NOTA OFICIAL
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo tem denunciado para os órgãos competentes a violência que se tem praticado contra os jornalistas. Só neste ano, sem que nenhum caso tenha sido efetivamente elucidado pelas autoridades, já foram registrados atentados contra a liberdade de imprensa na Capital, em Guarulhos, Santa Bárbara D´Oeste e agora com Monize Taniguti, em Guaíra. Impedir o trabalho da imprensa por meios violentos se caracteriza como uma vil censura, atentado ao direito de expressão e do direito ao trabalho do jornalista.
Atitudes como esta, ocorrida com Monize, precisam ser investigadas e punidas. A impunidade é motor que alimenta este tipo de ação de marginais que, certamente, não agem por conta própria, mas sim a mando de pessoas incomodadas com as notícias que são veiculadas na imprensa. O Sindicato exige que as autoridades policiais dêem todas as salvaguardas e garantias para que a jornalista possa exercer suas atividades e apurem todos os atentados que vitimaram a liberdade de imprensa.
Basta de violência! Chega de Impunidade!