Um dos objetivos é que os 12 profissionais que participam sejam, nas redações do Rio, multiplicadores das noções de segurança em coberturas em áreas de risco e situações de conflito, como tiroteios.

“A segurança é uma das maiores preocupações do Sindicato do Rio e este curso é fruto de uma dura negociação com as empresas de comunicação”, destaca a presidente da entidade, Suzana Blass. “Este treinamento é, sem dúvida, um passo enorme na direção da cobertura jornalística mais segura e com os equipamentos de proteção corretos”, completa.
Durante as negociações salariais entre jornalistas e empresários, no primeiro semestre do ano, cláusulas de segurança voltaram à pauta de reivindicações. Mesmo assim, os patrões não aceitaram incluir no acordo coletivo a obrigatoriedade de fornecer equipamentos como colete à prova de balas aos profissionais de redação.
Com a formação de instrutores brasileiros, os futuros cursos de segurança para jornalistas estarão mais próximos da realidade do País – até o momento, os professores são todos estrangeiros. Um deles, o especialista em segurança Ryan Swindale, ex-membro do exército britânico, afirma que a meta é preparar os jornalistas para ir aos conflitos “cobrir a história e não para virar a história”.
Além do Sindicato dos Jornalistas e do Insi, o curso de treinadores tem o apoio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A embaixada inglesa no Brasil, por meio do Fundo de Direitos Humanos e Diplomacia, paga os custos das aulas. Os alunos foram selecionados a partir de um primeiro curso de segurança, em setembro, na Vila Militar, em Deodoro.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro