Desde junho, quando tiveram início as manifestações populares, os casos de jornalistas agredidos e feridos por policiais militares e manifestantes explodiram na cidade de São Paulo e no Brasil. O número de agressões já ultrapassou a barreira dos 100 casos e atingiu a marca estarrecedora de 102 registros, segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Os repórteres fotográficos formam o maior número de vítimas. Um deles, Sérgio Silva, recebeu tiro de bala de borracha no olho esquerdo e perdeu a visão. Os dados ainda revelam que a maioria das agressões na cidade de São Paulo foram impetradas por policiais militares.
Dos 102 casos de agressões, a polícia foi responsável por 77. Os manifestantes também atacaram jornalistas, respondendo por 25 registros, desde junho.
Depois de cobrar insistentemente uma atitude das autoridades responsáveis, entidades de defesa dos jornalistas decidiram denunciar a alarmante situação à sociedade realizando uma coletiva de imprensa na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, na tarde de hoje (28), seguida de uma manifestação na praça Roosevelt, região central de São Paulo.
O repórter fotográfico Sérgio Silva, que perdeu a visão de um olho, concede entrevista