O fotógrafo Sérgio Moraes, da agência Reuters, foi o jornalista ferido com maior gravidade durante os protestos ocorridos hoje (12/06) no Brasil. Ele foi ferido na região central de Belo Horizonte (MG). Sérgio foi atingido na cabeça por um objeto ainda não identificado (provavelmente uma pedra) e, como estava sem capacete, teve traumatismo craniano leve.
O repórter fotográfico foi encaminhado para o pronto-socorro João XXIII. Ele tem quadro estável e estava em observação.

Jornalistas feridos também em SP
As jornalistas Barbara Arvanitidis e Shasta Darlington, da rede CNN, também acabaram feridas nos protestos ocorridos em São Paulo. As duas foram atingidas por estilhaços de bombas na manifestação na zona leste de São Paulo e precisaram ser removidas do local para atendimento médico.
Em outro incidente, uma equipe do SBT foi furtada e teve um carro depredado durante a manifestação na zona leste paulistana. Manifestantes dispersados pela Polícia Militar na estação Carrão da Linha 3 (Vermelha) encontraram um carro do SBT atrás da estação Tatuapé do Mêtro e começaram a depredar o veículo.
Os manifestantes quebraram um vidro do carro, arrombaram o veículo e roubaram uma câmera e a mochila com os documentos do cinegrafista Aílton Silva, além do celular do motorista.
Outros feridos:
O assistente de câmera Douglas Barbieri foi ferido por estilhaços de bomba e balas de borracha feriram o jornalista argentino Rodrigo Adb, da agência de notícias Associated Press, e uma repórter de uma equipe de TV francesa.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu nota repudiando "a violência cometida por policiais militares" durante as manifestações.
"É inaceitável que, a pretexto de conter protestos durante a Copa do Mundo, a polícia empregue métodos violentos contra jornalistas, impedindo-os de exercer sua função profissional. Da mesma forma, são intoleráveis ataques de manifestantes contra a imprensa", comunicou a entidade patronal.