O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em dissídio impetrado pelos sindicatos dos jornalistas e dos gráficos contra o jornal O Estado de S. Paulo, decidiu que, até o julgamento da questão, a empresa está proibida de fazer novas demissões, sob pena de pagar uma multa de R$ 15 mil a cada demitido. Ontem, segunda-feira (27), jornalistas e gráficos realizaram um ato unificado na frente do Estadão, antes de uma rodada de negociação dos sindicatos com a empresa.

“As demissões são nocivas para todos os trabalhadores, tanto para os que saem, como para os quem ficam, que acabam sobrecarregados de trabalho, efetuando as tarefas daqueles que deixaram a empresa”, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Paulo Zocchi. Durante o ato, falaram diversos jornalistas e gráficos, atacando os cortes nas empresas jornalísticas, defendendo os empregos e as condições de trabalho e dialogando com o conjunto dos trabalhadores.
Ao final do ato, as entidades subiram para negociação com os representantes da empresa e apresentaram a nova contraproposta aprovada na assembleia, que estipula uma indenização de dois salários para os demitidos (tal qual ocorrida no acordo com os trabalhadores do Grupo Estado em 2013), além de seis meses de plano de saúde e a proibição de demissão por igual periodo. A empresa alega grandes dificuldades financeiras, mas prometeu uma resposta ainda para esta terça-feira (28).
Foto: Simão Zygband/SJSP