Após ações movidas pelos sindicatos dos Jornalistas e dos Administrativos de São Paulo, o vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Wilson Fernandes, decidiu que a empresa não pode mais realizar demissões até o julgamento das ações. Em caso de descumprimento, a empresa pagará R$ 15 mil de multa a cada demitido. No dia 7 de julho a empresa demitiu 30 trabalhadores. O julgamento está marcado para o dia 23 de julho.
As demissões no jornal A Tribuna de Santos foram repudiadas pela FENAJ e Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Entre os demitidos estão 2 dirigentes sindicais, o que configura prática antissindical. Após uma manifestação em frente da empresa com a participação der sindicalistas da CUT Baixada Santista e lideranças da Frente de Esquerda que solidarizaram-se com a luta do Sindicato contra as demissões e repudiaram a atitude dos donos do jornal, a categoria decidiu, em assembleia geral, exigir a suspensão das demissões, com a reintegração dos profissionais, inclusive dos dirigentes sindicais Glauco Braga (diretor da Regional de Santos e da Baixada Santista) e Reynaldo Salgado (diretor de base) para a abertura de negociação entre as partes.
Após a instauração de dissídio no tribunal, como não houve acordo com a empresa, o desembargador encaminhou o julgamento do dissídio, que deve ocorrer no dia 23 de julho, impedindo até lá qualquer nova demissão na empresa. O Sindicato dos Jornalistas também interrompeu as negociações da Campanha Salarial de Jornais e Revistas do Interior e Litoral até que haja uma solução para a crise em A Tribuna.