O estudante de jornalismo Rafael Lima Pereira, de 19 anos, morreu após ser atingido por um carro durante prova de Stock Car, que aconteceu no domingo (07/09), em Campo Grande (MS). O estudante no seu credenciamento afirmou estar estagiando há cerca de um mês no jornal esportivo "Raça Sportes".
A hipótese do estudante ter fraudado o credenciado e os organizadores da prova não terem checado a informação foi desmentida. O jornal Raça Sportes existe e é dirigido por Elias Alves Campos. Segundo a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Mato Grosso do Sul, Mônica Ferreira de Souza, o acadêmico estava cobrindo o evento para o referido jornal.
O estudante estava entre a pista e a barreira de pneus, em um ponto de alto risco de acidente que não conta com guard-rail. O estudante teria ido para local, após o início da prova.
O corpo de Rafael foi arremessado para longe, após ser atingindo por um carro que se envolveu em um acidente no local. O estudante estava realizando fotografias e teria invadido o local, na esperança de realizar boas fotos. A atitude acabou em tragédia e reascendeu o debate sobre o estágio em jornalismo. Apesar de proibido por lei, o estágio em jornalismo é uma prática corriqueira na profissão.
Rafael não é o primeiro estudante de jornalismo que vira notícia trágica. Não deve ser o último. A exposição prematura do estudante, em função específica de profissionais, deve ser melhor discutida pelas escolas de jornalismo, organizações sindicais e o Ministério do Trabalho.
Além de se lamentar a morte do estudante, de apenas 19 anos, algo precisa ser feito para que tragédias assim não se repitam, nem se tornem rotina. O diretor da Comissão de Qualidade de Ensino do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, Luís Victorelli, conclama para que a tragédia de Rafael sirva, pelo menos, de alerta.