A Polícia do Piauí divulgou, ontem (14), detalhes do assassinato do jornalista Elson Feitosa, 38 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado, na tarde do sábado, dia 03/10, perto de Teresina (PI). O crime foi caracterizado como latrocínio, arquitetado supostamente por um homem que já havia se relacionado com a vítima e foi praticado com requintes de crueldade. Elson foi morto a pauladas e asfixia mecânica e teve seu corpo queimado. O motivo seria roubar dinheiro para participar de uma festa.
A polícia prendeu Madson Pereira Costa, 20 anos, que teria se relacionado com a vítima há cerca de um ano e o teria atraído até a cena do crime; José Carlos Pacheco de Araújo, 24 anos, conhecido como JP e Misael da Conceição Barbosa, 19 anos, que teriam supostamente ajudado na ocultação do corpo de Elson na cidade de José de Freitas.
Detalhes do crime
Segundo o delegado, Elson não morreu com as pancadas na cabeça que recebeu, mas sim por asfixia mecânica. Os suspeitos enrolaram o corpo da vítima em um lençol e colocaram no porta malas de seu próprio carro. Os suspeitos teriam ido até a localidade Campestre, ja na saída de Teresina em direção a José de Freitas, onde compraram dois litros de gasolina, armazenaram em um recipiente plástico e utilizaram na destruição do corpo de Elson.
Linha de investigação
O delegado destacou que a ajuda da família foi fundamental para a resolução do crime. Ao obter as informações das contas bancárias de Elson, a polícia detectou que os suspeitos tentaram fazer compras no valor de R$ 4 mil em um supermercado no dia seguinte à morte do rapaz. Na loja, os três tentaram comprar relógios e celulares.
Imagens
Câmeras de segurança do supermercado e de um posto de combustíveis flagraram os três suspeitos. Ao conversar com uma testemunha que havia encontrado a vítima um dia antes de sua morte, a polícia obteve a informação de que Elson havia marcado um encontro com um homem de nome Madson. A vítima chegou a enviar uma fotografia de Madson para essa testemunha.
"Nós tínhamos um nome e conseguimos recuperar essa fotografia, que foi apagada pela testemunha. Fomos então em busca dos amigos da vítima em redes sociais, encontramos um Madson e conseguimos ver que eles mantinham contato. Quando comparamos a imagem enviada com fotos do perfil do Madson, vimos que era a mesma pessoa. Ele estava com o mesmo colar e tinha a mesma característica da sobrancelha feita", descreveu o delegado.
As imagens das câmeras de segurança também ligaram os suspeitos ao crime. O carro da vítima foi visto nas imagens e encontrado no estacionamento do supermercado. As roupas usadas pelos suspeitos nas imagens eram semelhantes às peças encontradas nas casas dos três homens presos e testemunhas dos estebelecimentos comerciais reconheceram os três por fotografias como os clientes que usaram os cartões de Elson no dia 3 de outubro.
Motivo do crime
O coordenador da Delegacia de Homicídios, delegado Francisco Baretta, disse que o crime tinha sido previamente combinado para que os suspeitos fossem a uma festa em Altos.
“Tinham acordado que iam participar na manhã de sábado um aniversário em Altos e foram utilizando o carro da vítima e os cartões. É tanto que o Madson disse: nós vamos dar um tiro, mas temos que "fazer uma pessoa", que é matar um indivíduo, então todos três sabiam que iam praticar um roubo seguido de morte”, afirmou Baretta.
Fonte: CidadeVerde