Das grandes empresas de comunicação do Brasil, tudo indica que apenas a Record não apresenta problemas em suas finanças. A fé em Deus, dos dirigentes da empresa, parece ter conseguido manter bem longe o "demônio das dívidas". As finanças das outras empresas, que não contam com esta "benção", estão do jeito que o diabo gosta: bem vermelhinhas. A solução? Dinheiro público, com juros subsidiados e um tempão de carência para devolver a bolada para o financiador: a população brasileira, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES.
O gaúcho Celso Schröeder, secretário geral da FENAJ, não tem dúvidas de que as negociações entre os grupos de comunicação e o governo federal, para o lançamento do "Proer da Grande Mídia", estão avançadas. "Defendemos a instalação de uma Câmara Setorial da Comunicação para negociar questões como ampliação e manutenção dos empregos, piso salarial nacional e contrapartida social, entre outros, para o financiamento público". Se por um lado a maioria das empresas enfrenta um verdadeiro inferno financeiro, dá para imaginar como anda a situação dos jornalistas brasileiros.